O MPF também solicitou a perda do cargo público e a suspensão dos direitos políticos de Jorge Alexandre.

De acordo com as investigações, o esquema consistia na manipulação dos processos licitatórios, direcionando as contratações para empresas previamente escolhidas, que superfaturavam os serviços prestados à prefeitura. Além disso, houve a constatação de pagamento de propinas para agentes públicos envolvidos no esquema.

A Operação Black List revelou ainda que o ex-prefeito utilizou de empresas de fachada para emitir notas fiscais falsas, justificando os pagamentos irregulares. O MPF identificou que os desvios ocorreram em diversas áreas, como saúde, educação, infraestrutura e assistência social, impactando diretamente na qualidade dos serviços prestados à população de Camaragibe.

Jorge Alexandre, que está em prisão preventiva desde o ano passado, nega as acusações e afirma que irá recorrer da decisão. Se condenado, o ex-prefeito enfrentará uma das mais longas penas por corrupção na história do país.

A atuação do Ministério Público Federal e das demais instituições responsáveis pela investigação demonstra o compromisso com o combate à corrupção e com a defesa do patrimônio público. A população de Camaragibe espera que a justiça seja feita e que os valores desviados sejam recuperados, contribuindo para a melhoria das condições de vida no município.