Após a exposição do Prefeito Interino Neto Cavalcanti em uma situação delicada, envolvendo suspeitas de recebimento de propinas, a repercussão em torno de suas ações tem gerado um verdadeiro terremoto político em Água Preta. O gestor protocolou na Câmara Municipal um pedido de afastamento por quatro dias, justificando a necessidade de empreender uma viagem internacional. Contudo, a manobra surpreendente de convocar o presidente da Câmara e pré- candidato a reeleição vereador Miruca, para assumir o cargo no final de semana, aponta para uma possível movimentação estratégica visando neutralizar um potencial adversário político.
A expectativa é de que Miruca, caso assuma a prefeitura interinamente, ficará inelegível para se candidatar novamente nas próximas eleições, o que levanta questionamentos sobre a ética e a integridade das ações de Neto Cavalcanti. Tal atitude sugere uma falta de respeito com a democracia e com os processos eleitorais, além de evidenciar uma postura oportunista e prejudicial ao ambiente político local.
A sociedade civil e as lideranças políticas da região não podem tolerar essas práticas obscuras que visam manipular e comprometer o funcionamento saudável das instituições democráticas. É imprescindível que medidas sejam tomadas para preservar a lisura e a dignidade do cargo político, bem como a confiança da população em seus representantes.
Diante desse contexto, a transparência e a moralidade na gestão pública são valores essenciais que devem prevalecer acima de interesses pessoais ou partidários. A responsabilidade de Neto Cavalcanti, assim como de todos os agentes públicos, é servir à comunidade com integridade e comprometimento, respeitando os princípios democráticos e contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e ética.
Por Normando Carvalho