Enquanto as prefeituras lutam para lidar com a drástica redução dos repasses financeiros do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o prefeito de Carpina, Manuel Botafogo, manifestou total desinteresse e desrespeito ao realizar um churrasco nas dependências da própria prefeitura. Essa atitude irresponsável do gestor levanta questionamentos sobre sua postura diante de um protesto tão importante contra a redução do FPM, especialmente por ter escolhido fazer isso justamente no dia da paralisação.
Para piorar a situação, o prefeito não hesitou em publicar fotos e vídeos desse acontecimento inapropriado em suas redes sociais, demonstrando uma evidente falta de bom senso e consideração com a população que sofre diretamente com as consequências dessa redução dos recursos municipais.
Enquanto Manuel Botafogo se envolvia em seu churrasco fútil, o encerramento do Congresso da Associação dos Municípios de Pernambuco (Amupe) acontecia simultaneamente. Nesse evento, diversos prefeitos estavam engajados em um protesto legítimo contra a redução da principal fonte de renda dos municípios, buscando soluções para enfrentar essa crise financeira que assola as administrações locais.
A atitude do prefeito de Carpina é um exemplo flagrante de falta de sensibilidade e preocupação com o bem-estar da população que depende dos serviços públicos oferecidos pela prefeitura. Enquanto outros gestores se mobilizavam para encontrar soluções para garantir o funcionamento básico dos municípios, Botafogo preferiu desfrutar de um momento de lazer, demonstrando uma completa desconexão com a realidade e prioridades da cidade que governa.
É lamentável que um gestor público, que deveria se dedicar integralmente ao serviço do povo, opte por se distanciar das responsabilidades e das dificuldades enfrentadas pela população que o elegeu. A realização desse churrasco na prefeitura, em meio a um período de crise financeira e protestos significativos, apenas reforça a falta de compromisso e o desrespeito de Manuel Botafogo para com o seu cargo e a população de Carpina.
Por Normando Carvalho